O FUNCIONAMENTO "ABERRANTE" DOS SERVIÇOS PÚBLICOS

Basta andar nos transportes públicos, frequentar cafés ou restaurantes, ir a Repartições públicas para detectar sem esforço a opinião generalizada que o "povão" tem da maneira como os serviços do Estado funcionam. É uma verdade insosfismável e as pessoas sentem-no na pele todos os dias, a todas as horas em que precisam dos serviços públicos (ou a tal são obrigadas).

A história real que vou contar aconteceu recentemente com SÍLVIA LIMA, uma jovem bragançana que em Setembro de 2004 fez exame teórico de código com vista à Carta de Condução. Pois esta adolescente de 18 anos chumbou no tal exame pois o respectivo júri de avaliação considerou erradas 5 das respostas dadas. Desagradada com a situação e por considerar que a prova estava mal avaliada, manifestou o seu protesto no respectivo livro de reclamações que por sinal estava ainda "virgem". Um mês depois a DGV deu-lhe parcialmente razão por considerar que efectivamente uma das respostas tinha sido incorrectamente desconsiderada. Como essa decisão não anulava o "chumbo" por se manterem 4 respostas incorrectas, voltou a reclamar já que mantinha a sua ideia em relação a outra das respostas. Para resolver definitivamente o seu problema teve de esperar até ao passado dia 16 de Fevereiro, ocasião em que recebeu a informação de que lhe tinha sido dada razão e, consequentemente, era considerada aprovada. A esse respeito Carlos Mosqueira, subdirector da DGV disse à LUSA que que a Administração não havia actuado da maneira mais correcta mas que a candidata tinha conseguido que lhe fosse feita justiça.

Isto é hilariante embora tenha tido um desfecho feliz. Mas, de qualquer modo, apetece perguntar: O QUE É QUE A DGV TEM A DIZER EM RELAÇÃO AOS CANDIDATOS QUE FORAM APROVADOS COM BASE EM APRECIAÇÕES LEVIANAS E FALSAS DE RESPOSTAS ERRADAS MAS QUE FORAM CONSIDERADAS CERTAS ?