PAULO PORTAS E A NOSSA IMPRENSA

"Estranha forma de morte, a desta coligação que o Presidente da República terá dado a entender

que vai despachar.

Na coligação há a destacar o papel do CDS-PP, a quem desde o início se antevia como um factor

de desestabilização. Ironicamente, o PP aguentou tudo, os seus ministros mostraram uma contenção, um labor e um sentido de estado dignos de registo, mesmo quando desautorizados ou inesperadamente atacados pelo próprio parceiro de coligação.

O PP aguentou tudo sob o mando de Barroso, não vacilou com a saida deste e está, com dignidade, a assistir ao lavar dos cestos, sem esconder a atracção de um soslaio pelo ansioso PS

que bem pode vir a necessitar de um apoio mais estável do que o de um limiano negócio.

Paulo Portas, que deixa saudades confessas nos militares, mostra-se contido, sereno e a aguardar o momento em que terá, mais uma vez, que sair à rua a buscar mais votos. Com a grande vantagem de ninguém ter nada a apontar-lhe e sem ele, uma única vez que fosse, levantar a voz, mesmo contra uma decisão que o fere de morte e que no seu tempo e forma só é indiscutível à luz da velha frase - manda quem pode, obedece quem deve".

Joaquim Letria 24 HORAS 06/12/04

NÃO HÁ DÚVIDA QUE OS "VELHOS" JORNALISTAS AINDA SÃO UMA REFERÊNCIA E

SÓ É PENA QUE OS NOVOS CAPITALISTAS DA IMPRENSA ( TV, RADIO E JORNAIS )

OLHEM MAIS À FLEXIBILIDADE DE MANIPULAÇÃO DO QUE À REAL COMPETÊNCIA,

ISENÇÃO E VERTICALIDADE ... TRISTES SINAIS DOS TEMPOS !