ASSIM FUNCIONAM AS EMPRESAS PORTUGUESAS EM CONSONÂNCIA COM O REINO ANIMAL

Todos os dias, a formiga chegava cedinho à oficina e desatava a trabalhar. Produzia e era feliz. O gerente, o leão, estranhou que a formiga trabalhasse sem supervisão. Se ela produzia tanto sem supervisão, melhor seria supervisionada. E contratou uma barata, que tinha muita experiência como supervisora e fazia belissimos relatórios.

A primeira preocupação da barata foi a de estabelecer um horário para entrada e saída da formiga. De seguida, a barata precisou de uma secretária para a ajudar a preparar os relatórios e contratou uma aranha que além do mais, organizava os arquivos e controlava as ligações telefónicas. O leão ficou encantado com os relatórios da barata e pediu também gráficos com índices de produção e análise de tendências, que eram mostrados em reuniões específicas para o efeito. Foi então que a barata comprou um computador e uma impressora laser e admitiu a mosca para gerir o departamento de informática.

A formiga, de produtiva e feliz, passou a lamentar-se com todo aquele universo de papéis e reuniões que lhe consumiam o tempo todo. O leão concluiu que era o momento de criar a função de gestor para a área onde a formiga operária trablhava. O cargo foi dado a uma cigarra, cuja 1ª medida foi comprar uma carpete e uma cadeira ortopédica para o seu gabinete. A nova gestora, a cigarra, precisou ainda de um computador e de uma assistente (que trouxe do anterior emprego) para ajudá-la na preparação de um plano estratégico de optimização do trabalho e no controlo do orçamento para a área onde trabalhava a formiga, que já não cantarolava mais e cada dia se mostrava mais enfadada.

Foi nessa altura que a cigarra convenceu o gerente, o leão, da necessidade de fazer um estudo climático do ambiente. Ao considerar as disponibilidades, o leão deu-se conta de que a unidade em que a formiga trabalhava já não rendia como antes, e contratou a coruja, uma prestigiada consultora, muito famosa, para que fizesse um diagnóstico e sugerisse soluções. A coruja permaneceu 3 meses nos escritórios e fez um extenso relatório em vários volumes que concluía: "Há muita gente nesta Empresa".

Adivinhem, quem o leão começou por despedir ? A formiga, claro, porque "andava muito desmotivada e aborrecida".


OS SINDICATOS, NOMEADAMENTE OS DA FUNÇÃO PÚBLICA, DEVERIAM FAZER UM EXAME DE CONSCIÊNCIA EM RELAÇÃO AO QUE SE ESTÁ A PASSAR NO SEU "RELVADO"

ESTE PAÍS À BEIRA-MAR PLANTADO

Lê-se nos jornais e vê-se nas TVs e no dia a dia, que os portugueses andam nervosos. Aparentemente os últimos lugares no ranking dos países da União, a crise e a inflação, o desemprego, a falta de incentivos, os despedimentos e até mesmo as decisões que o Governo Sócrates vem implementando nos últimos tempos, são motivos mais que suficientes para justificar este estado de coisas na mente dos "portugas".

Sobre o último "item" convém relembrar que está na mesa um conjunto de obras estruturais para os próximos anos que nem nos tempos das vacas gordas algum governante de craveira ousaria lançar sem que antecipadamente tivesse garantido o essencial para os portugueses. Refiro-me ao TGV, ao novo aeroporto internacional de Santarém(OTA), à 3ª ponte sobre o Tejo, ao prolongamento do Metro de Lisboa da Gare Oriente até ao aeroporto a desactivar na Portela,à conversão das unidades hospitalares de Lisboa numa mega unidade em Chelas, na criação do centro administrativo dos ministérios na zona Jota, enfim, um nunca mais acabar de ideias que os empreiteiros ligados ao partido do Governo agradecem delirantemente.

Isto já não tem salvação possível e quando o Ministro da Segurança Social diz que a mesma entrará em rotura em 2010, a menos que se tomem medidas drásticas, quando o Ministro da

Saúde diz que tem que fechar 10 ou 12 maternidades e 8 ou 10 blocos operatórios, o "pagode" o leva tão a sério essas afirmações como as do "pobre" Castelo Branco ao dizer que vai mandar extrair 2 costelas por razões de estética !

AINDA O FUTEBOL PORTUGUÊS

Com o campeonato praticamente terminado, começam os meios de comunicação social da especialidade, com os tradicionais títulos de 1ª página, anunciando mudanças de treinadores. Este ano e para não variar o SLB maugrado os tais "media" que lhe estão associados, nada ganhou, nem vai ganhar, antes pelo contrário. Lembram-se das grandes parangonas acerca de vítórias de "lana caprina" dos vermelhos, enquanto outros jogos mais decisivos e combativos do FCP tinham títulos irrelevantes, quase escondidos ?

Pois agora o importante é o KOEMAN, se vai para o PSV, se fica, se o Veiga isto, se o Vieira aquilo, se ganhou alguma coisa, se não ganhou... Meus amigos, queiram ou não os empresários, queiram ou não os clubes que temos, o que se passa com o emprego dos treinadores portugueses ( e também com o dos jogadores, já agora !) é uma questão que devia ser objecto de análise por parte das entidades ligadas ao desporto, e sobretudo pelo responsável máximo Laurentino Dias, secretário de Estado. É que não vemos qualquer mais valia na contratação de certas figuras estrangeiras, a preço elevadissimo, quando temos encostados às "boxes" muitissimos portugueses de valor igual ou superior. Para não ir mais longe, ocorre-me o nome de Humberto Coelho, Alves, António Oliveira (Toni), Octávio, etc etc. Será porque as comissões que os estrangeiros dão aos intervenientes são mais elevadas ou mais seguras ? Fica a pergunta.