Nos poucos anos que li e ouvi algo sobre esta criatura, os epítetos que recordo apelidavam-no de "Filipão"," sargentão", "paralelipípedo com olhos", "cabeça de cimento armado"... mas sempre estive de pé atrás em relação às alcunhas (principalmente às duas últimas), considerando que havia por trás umas invejinhas de outros treinadores (portugueses," of course") e de alguns "jornalistas desportivos" à espera de promoção no meio futebolístico.
Mas agora, segundo os jornais e TVs das últimas 36 horas, tudo mudou. O homem descobriu a careca e mostrou à saciedade tudo oque vai naquele cérebro. As imagens mostram tudo e não é qualquer Madail que consegue sonegar aos olhos dos portugueses a realidade nua e crua do que se passou em Alvalade após o jogo e que foi exaustivamente transmitido (até na You Tube, que eu já vi).
O caso é gravissimo, atendendo à posição do "artista" na problemática futebolística nacional e internacional, pena é que ninguém tenha a coragem de atacar o assunto como devia ser e, sacrificando os princípios e a ética, se enverede pelo facilitismo, chegando mesmo ao cúmulo de se tentar influenciar a UEFA para evitar que se castigue o brasileiro com medidas severas como os seus regulamentos claramente indicam.Sobre este assunto salva-se a posição de Rui Santos, apontando claramente para o despedimento do brasileiro, sejam quais forem as consequências desportivas.
Para fazermos uma melhor ideia do passado desta figura do futebol, recomendo a leitura duma entrevista dada pelo jornalista Cássio Leitão do diário Lance:
Em 1999 disse aos atletas para baterem no Edmilson, chegando mesmo a chutar a bola para dentro do campo para obrigar à interrupção do jogo.
Anteriormente tentou agredir o seu colega Vanderlei Luxemburgo e o médio Valber.
Em 1998, quando treinava o Palmeiras, deu um murro no queixo do repórter Givan Ribeiro (Diário de São Paulo) porque teve a ousadia de lhe fazer uma pergunta incómoda.
Nas vésperas do Mundial 2002, deu um pontapé em Semi Peres, assessor do senador Maguito Vilela, ex-vicepresidente regional da CBF, por ter defendido a convocação do jogador Romário.