O AMIGO PORTUGUÊS DE MEL GIBSON

Em entrevista publicada hoje no diário 24 HORAS, ATÍLIO SILVA, duplo de sucesso em vários
filmes premiados com ÓSCARES ("MAD MAX" e "BELLE EPOQUE", por exemplo) à pergunta:
Qual foi a coisa mais caricata que lhe aconteceu em flmagens ? Respondeu textualmente:

LEMBRO-ME DE UMA QUE SE PASSOU EM SINTRA.UMA REALIZADORA FRANCESA ESTAVA CÁ A FILMAR UMA LONGA-METRAGEM PORNOGRÁFICA. HAVIA UMA CENA EM QUE UMA MULHER, DEPOIS DE SER VIOLADA, ERA ARRASTADA PELAS PERNAS PELO MEIO DO MATO. NÓS SÒ TÍNHAMOS DE GARANTIR QUE O SOLO ESTAVA LIMPO

PARA A ACTRIZ NÃO SE MAGOAR. ANTES DAS FILMAGENS PERGUNTEI À REALIZADORA SE PODIA DAR UMA PALAVRINHA À ACTRIZ E EXPLICAR-LHE ALGUNS TRUQUES IMPORTANTES. ELA APONTOU-ME UMA RAPARIGA QUE ESTAVA A LER O GUIÃO NO MEIO DUM GRUPO DE PESSOAS. CHEGUEI-ME AO PÉ DELA E PERGUNTEI-LHE: - A MENINA É QUE É A ACTRIZ PRINCIPAL ? É QUE EU PRECISO DE DISCUTIR CONSIGO UNS PORMENORES. ELA OLHOU PARA MIM E DISSE SÓ ASSIM:

-DEVE ESTAR ENGANADO. EU SOU UMA DUPLO. SÓ CÁ ESTOU PARA FAZER O BROCHE,

MAIS NADA ! ........

TESTICLES ON WAVES

O barco tripulado pela organização portuguesa TESTICLES ON WAVES abandonou hoje a sua

missão na Holanda.

Tendo chegado uma semana antes ao limite das águas territoriais holandesas, este grupo de homens portugueses pretendia libertar as mulheres holandesas, sendo que neste país elas engravidam muito pouco e existe um enorme número de lésbicas.

O presidente da organização, Zézé Camarinha falara-nos da sua missão:

"-Eh pá, eu adoro lésbicas ! ....-se, quem é que não adora ?! Mas agora, desde que um gajo depois possa entrar no meio, duas mulas suecas aos pinotes e estes frouxos não entram na brincadeira ? É uma vergonha, pá é o terceiro mundo. Isto lá na pátria não é assim".

O Governo Holandês não permitiu a entrada do barco nas suas águas territoriais, alegando que havia intenção copulatória por parte dos seus tripulantes, usando como prova o elevado nível de testorona, evidente na cobertura em pêlo do calcanhar até aos ombros de todos os tripulantes.

O Ministro da Defesa enviou mesmo uma fragata para defender o direito das mulheres holandesas ao lesbianismo. Após uma semana de intensa polémica, Zézé Camarinha, bem como os restantes membros dos TESTICLES ON WAVES , mostravam-se conformados.

"-Eh pá, que posso fazer ?" perguntava Zézé: " Já deixámos no nosso site informações sobre em que praias do Algarve as holandesas podem vir arranjar um macho latino. Temos pena que a deslesbianização seja criminalizada neste país. É o terceiro mundo, que mais posso dizer ? Lá na Praia da Rocha nenhuma lésbica dura mais de dez minutos... heh, ai não, que não... !"

PORTUGAL ESTÁ OU NÃO NA COMUNIDADE EUROPEIA ?

Isto é de bradar aos céus ! Este país do faz-de-conta é cada vez mais uma anedota; Veja-se esta
"coisa" inserida no Diário da República nº. 285 de 6 de Dezembro 2004:

No Aviso nº. 11 466/2004 (2ª. série), declara-se aberto concurso no I.P.J. para um cargo de
"ACESSOR", cujo vencimento ronda os 2500 EUR (500 contos).

Na alínea 7) diz que" ... Método de selecção a utilizar é o concurso de prova pública que consiste
na apreciação e discussão do curriculum profissional do candidato..."

Agora vejamos outro caso concreto:


No Aviso simples da página 26922, a Câmara Municipal de Lisboa lança um concurso externo
de ingresso para COVEIRO, cujo vencimento anda à volta de 350 EUR (70 contos) mensais.
O método da selecção segfue os seguintes trâmites:
Prova de conhecimentos globais de natureza teórica e escrita com a duração de 90 minutos
a qual incluirá os seguintes pontos:
1 - Direitos e deveres da Função Pública e Deontologia Profissional
2 - Regime de Férias. Faltas e Licenças
3 - Estatuto Disciplinar dos Funcionários Públicos
A seguir vem a prova sobre conhecimentos técnicos:
Inumações, cremações, exumações, transladações, ossários, jazigos, columbários ou cendrários.
Por fim, o candidato deve ter conhecimentos sobre transporte e remoção de restos mortais.
Os cemitérios fornecerão documentação para estudo.

Finalmente:
A valorização da candidatura obedecerá às seguintes premissas:
Escolaridade Obrigatória somará mais 16 VALORES
O 11º. ano de Escolaridade somará mais 18 VALORES
O 12º ano de Escolaridade somará mais 20 VALORES
No final haverá ainda um exame médico para aferimento das capacidades físicas e psíquicas
do candidato.

ISTO PASSA-SE NUM PAÍS QUE INTEGRA O MAIS IMPORTANTE ESPAÇO, EM TERMOS
ECONÓMICOS, SOCIAIS, INTELECTUAIS... FAZ LEMBRAR AQUELE CÉLEBRE ARTIGO
DO REGULAMENTO MILITAR DOS SÉCULOS XVII/XVIII QUE DIZIA "O SARGENTO
DA BATERIA DEVE SABER LER E ESCREVER PORQUE O OFICIAL PODE SER NOBRE E NÃO SABER"

PAULO PORTAS E A NOSSA IMPRENSA

"Estranha forma de morte, a desta coligação que o Presidente da República terá dado a entender

que vai despachar.

Na coligação há a destacar o papel do CDS-PP, a quem desde o início se antevia como um factor

de desestabilização. Ironicamente, o PP aguentou tudo, os seus ministros mostraram uma contenção, um labor e um sentido de estado dignos de registo, mesmo quando desautorizados ou inesperadamente atacados pelo próprio parceiro de coligação.

O PP aguentou tudo sob o mando de Barroso, não vacilou com a saida deste e está, com dignidade, a assistir ao lavar dos cestos, sem esconder a atracção de um soslaio pelo ansioso PS

que bem pode vir a necessitar de um apoio mais estável do que o de um limiano negócio.

Paulo Portas, que deixa saudades confessas nos militares, mostra-se contido, sereno e a aguardar o momento em que terá, mais uma vez, que sair à rua a buscar mais votos. Com a grande vantagem de ninguém ter nada a apontar-lhe e sem ele, uma única vez que fosse, levantar a voz, mesmo contra uma decisão que o fere de morte e que no seu tempo e forma só é indiscutível à luz da velha frase - manda quem pode, obedece quem deve".

Joaquim Letria 24 HORAS 06/12/04

NÃO HÁ DÚVIDA QUE OS "VELHOS" JORNALISTAS AINDA SÃO UMA REFERÊNCIA E

SÓ É PENA QUE OS NOVOS CAPITALISTAS DA IMPRENSA ( TV, RADIO E JORNAIS )

OLHEM MAIS À FLEXIBILIDADE DE MANIPULAÇÃO DO QUE À REAL COMPETÊNCIA,

ISENÇÃO E VERTICALIDADE ... TRISTES SINAIS DOS TEMPOS !

A PROPÓSITO DAS PRETENDIDAS TAXAS A PAGAR PARA ENTRAR NAS CIDADES COM VIATURA PRÓPRIA

EXCERTO DE " AS FARPAS" - Janeiro de 1885

No Porto, greve dos carreiros e tentativa de revolta contra a medida municipal que eleva de 120
a 200 Réis o imposto de entrada de cada carro dentro das barreiras da cidade.

No porto não há, como em Lisboa, uma corporação de carroceiros. Os transportes de mercadorias são feitos em carros de lavoura, puxados por bois, que os pequenos cultivadores dos arredores trazem à cidade, em busca de um lucro suplementar à mesquinha indústria da terra. Este motim coloca-nos em presença de uma classe que desde a Maria da Fonte até hoje não tornou a fazer falar de si, e que todavia me parece merecer a atenção, não direi da política, a qual
se não importa com essas coisas, mas da crónica.
...
Quando a Câmara Municipal do Porto deliberou que o pequeno cultivador das redondezas da cidade tinha lucros sobejos, hauridos da sua indústria de carreteiro, e podia muito bem pagar à barreira dois tostões em vez de seis vinténs pela entrada de sua junta de boizinhos magros, louros e anémicos, e pela sua tosca e esguia carreta gaulesa, do tempo de constantino, o minhoto, fazendo uma excepção aos seus hábitos de velho servo humilde, fez parede com alguns companheiros, e dispõe-se a castigar a chuço e a cajado aqueles que se avençassem para os portageiros portuenses para o pagamento da nova taxa.

Um pequeno troço de cavalaria às ordens da vereação espadeirou os recalcitrantes; o novo tribuno satizfez-se, e os carros das pequenas lavouras voltaram a andar ao fanico dentro da cidade, às terças-feiras, quintas e sábados, como de costume.

Os jornais afectos à vereação do Porto provaram por meio dos mais engenhosos cálculos que um carreiro, pagando apenas 200 Réis, vinha em rigor a pagar muito menos do que pagava desembolsando 120. E toda a gente, principalmente aquela que nada percebera do modo como
se fazia esta conta, se deu por convencida e por edificada sobre o assunto.

RAMALHO ORTIGÃO ( 24/10/1836 PORTO - 27/09/1915 LISBOA )

ESTÁ MAIS QUE PROVADO QUE A HISTÓRIA ESTÁ SEMPRE A REPETIR-SE